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Covid-19. Perguntas e respostas

Covid 19

Quarenta dias depois de ter sido declarado o Estado de Alarme para travar a propagação da covid-19, começaram as medidas de descontaminação. A saída será progressiva, mas é importante lembrar que a doença ainda existe e que devemos seguir as recomendações como no primeiro dia.

Do Hospital de Dia de Biosalud recomendamos seguir a informação oficial das autoridades sanitárias e a atuação responsável dos cidadãos seguindo as recomendações e medidas preventivas estabelecidas em cada caso.

Como é que sei se tenho coronavírus?

As autoridades sanitárias indicam que, se tiver sintomas de FEBRE, Tosse e FALTA DE AR e tiver estado numa zona de risco ou tiver tido contacto próximo com uma pessoa que seja um caso provável ou confirmado, deve: ficar em casa e ligar para o número de telefone da sua Comunidade Autónoma.

Nesta fase, o acesso aos testes de diagnóstico é dado aos doentes que apresentam sintomas. Os principais sintomas são a febre, a tosse seca e a falta de ar. Podem também surgir sintomas como dores de cabeça e de garganta, dores abdominais ou produção de expetoração.

Na maioria dos casos, os sintomas são ligeiros. Os casos mais graves podem levar a pneumonia, insuficiência renal e até à morte. Inicialmente, pensava-se que os casos graves afectavam os idosos ou as pessoas com imunidade reduzida ou com doença cardíaca ou pulmonar crónica. No entanto, sabemos atualmente que qualquer pessoa é vulnerável e pode desenvolver sintomas graves.

Quanto ao testes para a covid-19Existem três tipos de testes disponíveis no mercado. Estes diferem quanto à sua fiabilidade, ao ambiente em que devem ser realizados e ao tempo necessário para produzir resultados.

Os mais acessíveis são os testes rápidos de antigénio. São apenas recomendados pela Organização Mundial de Saúde para a confirmação de casos graves - em residências e hospitais - ou para ensaios clínicos, uma vez que são menos fiáveis.

Os testes serológicos são acessíveis e fiáveis: detectam os anticorpos e são, portanto, úteis para saber quem foi infetado. No entanto, não detectam o vírus antes de sete dias após a infeção e não o fazem se o doente for assintomático.

O teste PCR é o teste de diagnóstico de referência e tem de ser realizado num centro médico devido à sua complexidade. Este teste serológico é mais fiável logo que a doença tenha progredido.

Como é que posso ser infetado?

O vírus é transmitido principalmente através de gotículas respiratórias que são emitidas ao tossir, espirrar ou expirar. Se estivermos infectados, o vírus é transmitido por contacto direto e através do ar. Também se transmite através das superfícies, daí a importância da lavagem das mãos e a recomendação de evitar tocar na cara.

A Organização Mundial de Saúde recomenda que se mantenha uma distância de dois metros das pessoas com sintomas.

A utilização dos transportes públicos é uma necessidade para muitas pessoas e é uma fonte potencial de infeção, especialmente nos corrimãos, pegas e assentos. Daí a importância e a insistência na lavagem das mãos.

Posso tomar a covid-19 duas vezes?

Em princípio, uma pessoa que tenha contraído o vírus está imunizada. Registaram-se casos de doentes com sintomas que, após quinze dias em casa, "recontagularam" ou desenvolveram sintomas. Ainda não é claro se, nestes casos, o primeiro diagnóstico era fiável. Convém recordar que, em muitos casos, o diagnóstico foi efectuado por telefone com sintomas clínicos, ou o diagnóstico de alta não está bem feito.

O que fazer se tiver de viajar?

Desde que foi declarado o estado de alarme, é proibido viajar, exceto por motivos de força maior ou de necessidade.

As pessoas que têm de se deslocar para o trabalho podem fazê-lo num veículo privado. Podem viajar duas pessoas no automóvel, uma em cada fila. Também é possível, por exemplo, efetuar uma remoção se o caso específico se enquadrar nestas causas de força maior ou numa situação de necessidade. O que se recomenda é consultar o caso concreto junto das Forças e Corpos de Segurança do Estado.

Nesta altura, teremos de estar atentos às medidas de desconfinamento, porque os movimentos que a população pode fazer estarão a expandir-se.

Estamos perante uma situação excecional que está a testar a nossa capacidade de adaptação à mudança. Não se trata apenas de uma situação de saúde, mas está a afetar a economia, a convivência e o nosso modo de vida. É normal sentirmo-nos ansiosos.

Recomendamos que, se quiser informar-se, o faça a partir de fontes oficiais ou através dos meios de comunicação social, uma vez que estes estão constantemente a atualizar a informação sobre o serviço. No entanto, tanto a saturação de informação como a propagação de boatos, opiniões e testemunhos cuja origem é desconhecida podem causar-nos preocupações desnecessárias. A este respeito, a OMS faz recomendações. 

Mariano Bueno

O Dr. Mariano Bueno e a sua equipa

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